Cliente é fidelizado pelo atendimento que recebe em um restaurante. Saiba como um garçom deve se portar
Especialista em atendimento ao cliente destaca características fundamentais para um bom atendimento nos estabelecimentos
18/08/2017
Quando vamos a uma concessionária comprar um carro temos a impressão que o vendedor é um piloto de fórmula 1. Ele consegue falar com a maior empolgação sobre como são especiais as velas e sistema de embreagem daquele carro. Ele tem obrigação de saber. Uma equipe de garçons deve ser assim. Deve saber exatamente como são preparados os pratos, sua origem e até mesmo se os ingredientes do prato solicitado suprem a demanda em estoque, entre outros.
Segundo Max Pires, criador do curso Garçom Vendedor, “a maioria dos garçons é dedicada, mas tem uns que só pensam na gorjeta. Então, se o cliente não está feliz, de que serve os 10% ? O que os empresários precisam ter em mente é que o cliente é o verdadeiro dono do negócio e é ele quem deve ser agradado. É comprovado que a relação entre o cliente e um restaurante está diretamente relacionada ao fator emocional e à experiência vivida no estabelecimento“, afirma. Ele que já foi vendedor e garçom, hoje é empreendedor e especialista em atendimento ao cliente, voltado para restaurantes e estabelecimentos similares.
Raquel Dias, advogada e cliente de um restaurante há mais de 30 anos, é o reflexo de uma cliente completamente satisfeita. Ela é atendida especialmente toda semana por dois garçons que viram suas filhas de 29 e 31 anos, crescerem. Ela conta que mesmo possuindo duas ótimas cozinheiras em sua residência, por diversas vezes já cancelou o almoço e seguiu para o restaurante de costume. “Excepcionalmente todos que me conhecem já foram ao menos uma vez no meu restaurante favorito, faço questão, não apenas pela qualidade dos pratos, mas pelo ambiente e atendimento agradabilíssimo que nunca deixaram de me oferecer. Meus garçons são grandes amigos”, diz ela.
Garçons, auxiliares e gerentes desatentos podem enterrar uma experiência que poderia ser espetacular. “Muitos restaurantes trabalham com ‘praças’, onde cada garçom é responsável por um determinado número de mesas. Isto é uma maneira prática de coordenar o atendimento, mas não quer dizer que se o cliente de uma praça chamar o garçom de outra praça ele não deve atendê-lo. Garçons que não se preocupam com o atendimento do restaurante ficam presos às suas seis mesas, e isso é completamente errado”, revela Max.
Por fim, Max conclui que poucos estabelecimentos conhecem o ramo da consultoria empresarial e tantos outros são amadores no setor de atendimento. Porém, para ser um bom garçom não precisa ‘puxar o saco’ do chefe ou encher a bola do estabelecimento na frente do cliente, mas agarrar a oportunidade do crescimento. “Se você cresce, a empresa cresce junto e gradativamente tudo melhora. O importante é enxergar além, lembrando sempre daquele clichê: ‘Não faça com o outro o que não gostaria que fizessem com você’, conclui o especialista.