Plataforma de gastronomia controla desde a cozinha até a entrega da comida
A Zipster, de Charlie Yi, opera em São Paulo e tem 50 opções de refeição
09/01/2017
A cidade de São Paulo foi escolhida pelo empreendedor coreano Charlie Yi, 51 anos, para a estreia da plataforma de delivery de comida Zipster. Assim como outros negócios desse segmento, trata-se de um site que oferece opções gastronômicas para o cliente selecionar e receber em casa ou no escritório. Mas uma característica é diferente: a marca não possui parceiros. Todos os serviços são próprios, desde o preparo da comida até a entrega do produto. "Dessa forma, temos o controle de toda a experiência do cliente", afirma Yi.
Formado em engenharia mecânica pela Universidade Columbia e com MBA em finanças pela Universidade de Chicago, Yi trabalhava em um fundo de investimento em Hong Kong quando resolveu utilizar sua experiência em logística e e-commerce para abrir um negócio no Brasil. Ele escolheu São Paulo porque a plataforma funciona bem em áreas urbanas onde pessoas precisam de refeições práticas, rápidas e saudáveis. “Em uma cidade com 15 milhões de pessoas de culturas diferentes, faltava uma plataforma que trouxesse variedade na gastronomia”, diz Yi.
O projeto teve início em 2014, com a criação da plataforma Sushi Beta, um delivery só de comida japonesa. Dois anos depois, Yi sentiu que era o momento certo para ampliar o negócio e criar uma plataforma de entrega que unisse diferentes tipos de refeições em um só lugar. Foi aí que surgiu a Zipster, em setembro de 2016. Por enquanto, o serviço só funciona via web, mas a empresa está desenvolvendo um aplicativo.
Hoje, três restaurantes virtuais oferecem 50 opções de refeição dentro da Zipster. O Sushi Beta serve comida japonesa e é comandado pelo chef Hideto Shimizu. O Power Lunch BR é especializado em culinária saudável e saladas. Já o Puya tem comida mexicana em seu cardápio. Segundo Yi, em fevereiro deste ano será inaugurado o Spice Table, restaurante de comida tailandesa e indiana.
No momento, a Zipster só atua no Brasil, mas existe a ideia de expandir para os Estados Unidos. “São Paulo foi essencial para ajustar nosso modelo de negócios e, como Nova York é uma cidade muito parecida, pretendemos expandir para lá em 2017”, afirma o empresário.
Segundo Yi, o modelo de negócio é simples. Pelo fato de não trabalhar com parceiros, pelo menos por enquanto, a empresa mantém toda a margem sobre a comida que vende. Atualmente, a plataforma conta com uma base de 15 mil clientes cadastrados e vende cerca de 10 mil refeições por mês, número que cresce de 15% a 18% mensalmente. O investimento inicial foi de R$ 12 millhões, com um aporte do fundo de investimentos Monashees. A previsão é operar com lucro antes do terceiro aniversário da empresa, em abril de 2017.
Além da expansão para Nova York, criação do app e inauguração do restaurante árabe, a Zipster busca encontrar parcerias neste ano. Apesar de os restaurantes próprios serem o maior diferencial, Charlie Yi entende que é necessário buscar parceiros para integrar o sistema da plataforma. “Estamos em negociação com uma pizzaria que, provavelmente, integrará a Zipster em fevereiro de 2017”, diz o empresário. “Ao final do ano, queremos ter um faturamento de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões. Nós esperamos contar com dez marcas em nossa plataforma, sendo dois ou três de parceiros.”
Fonte: PEGN