Mercado de delivery de alimentos cresce no Brasil

Tecnologia no atendimento e diversidade de estabelecimentos impulsionam hábito de consumo

17/03/2015

Mercado de delivery de alimentos cresce no Brasil

Pedir comida no conforto de casa é um hábito cada vez mais comum entre os consumidores do país. Uma estimativa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) indica que o mercado de delivery de alimentos deve movimentar R$ 9 bilhões em 2015, totalizando um aumento de R$ 1 bilhão em relação ao ano passado. Esse crescimento é alavancado pela tecnologia, que traz comodidade para quem compra, e também por uma maior diversidade de restaurantes que oferecem o serviço.

 

Embora os pedidos por telefone continuem sendo uma opção bastante utilizada, o futuro da entrega de alimentos está em plataformas digitais como o Ifood, que reúne mais de 1,5 mil restaurantes de 15 estados do Brasil. "O Ifood tem dois clientes: o consumidor final e o restaurante. Para o usuário, é uma praça de alimentação virtual, um lugar onde ele consegue encontrar estabelecimentos de uma maneira muito fácil", define Felipe Fioravante, CEO da companhia. O sistema é prático: o usuário seleciona o que quer no cardápio virtual, confirma o pedido e escolhe a forma de pagamento, que pode ser direto ao entregador ou on-line, no cartão de crédito.

 

Para as empresas, o site representa uma ferramenta de marketing e uma possibilidade de aumentar as vendas em uma média de 20%, segundo estimativa do Ifood. Alguns requisitos são necessários para se filiar ao site, como um serviço de tele-entrega funcionando há pelo menos três meses. Não há custos fixos para firmar a parceria, porém, é cobrada uma taxa de 10% a 15% a cada pedido realizado.

 

Com a recente fusão com a concorrente RestauranteWeb no ano passado, a previsão do Ifood é fechar o ano com R$ 1 bilhão em vendas brutas. Só em Porto Alegre, são feitos 15 mil pedidos por mês em mais de 50 lojas cadastradas. No Estado, plataformas semelhantes têm se expandido por diversos municípios, como é o caso do Devorando.

 

Em atividade desde 2013, o portal reúne 150 restaurantes de 22 cidades do Rio Grande do Sul. A ideia surgiu a partir da própria experiência de três jovens de Farroupilha, que muitas vezes não conseguiam fazer encomendas nos restaurantes por encontrar os telefones ocupados. Com formação em Administração de Empresas e Ciências da Computação, eles investiram em um site para atender primeiramente o Interior do Estado. Em pouco tempo, a empresa ampliou o negócio para outras regiões, adotando a estratégia de comprar os portais concorrentes. Hoje, o Devorando tem restaurantes filiados até em cidades menos populosas, como Lindolfo Collor.

 

Com uma taxa de 10% para cada pedido, são oferecidas vantagens como integração com frente de caixa, pagamento on-line e um sistema de controle de vendas. "Os restaurantes não precisam ter custos com um site próprio e ganham um página exclusiva dentro do Devorando, além da divulgação", diz Anderson Onzi, sócio-proprietário. Já o cliente tem vantagens como o acompanhamento do pedido por um aplicativo do Facebook, no qual é informado se a comida está em produção ou em transporte.

 

O próximo passo da Devorando é investir em Porto Alegre e, com isso, ampliar o quadro de restaurantes para 400 até o fim do semestre. "A concorrência na Capital vai ser um desafio, mas estamos focados em fazer parcerias e em comprar empresas menores para tentar acompanhar o mercado", destaca Onzi. (Fonte: Jornal do Commércio)

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