Consumo de cervejas artesanais chega às favelas

Além da sofisticação no consumo, pesquisa detecta tendência de crescimento em serviços de buffet em comunidades

04/03/2015

Consumo de cervejas artesanais chega às favelas

A maior parte dos moradores de favelas que desejam empreender, o equivalente a 35%, pensa em investir no setor de alimentação, que envolve desde venda de galões de água até bares e restaurantes. Um dos mercados que têm crescido nesse setor a ponto de chamar a atenção de um dos coordenadores da pesquisa realizada pelo instituto Data Popular e divulgada hoje, Renato Meirelles, é o de serviços de buffet.

 

Conforme explica Meirelles, há nas comunidades o sonho de poder comemorar momentos tradicionais, como batizados, casamentos e festas de debutantes, na própria comunidade. Por isso, a oferta de serviços de buffet têm crescido de forma vertiginosa nas favelas. “Esses trabalhos são executados, em sua maioria, por mulheres, que representam 51% do impulso empreendedor nas comunidades”, pontua. Festas assim são pouco realizadas nas favelas pela falta de estrutura disponível até então.

 

Com a chegada desses serviços, é possível notar uma tendência de sofisticação no consumo nas comunidades. Os produtos mais caros estão subindo os morros, e um item tem chamado atenção dos moradores das comunidades: as cervejas artesanais. Bares já investem na venda desse tipo de produto, que tem sido bem recebido pelos moradores.

 

“O ato de pagar mais caro por um produto de qualidade superior ainda é um pouco restrito nas favelas, mas itens mais sofisticados já começam a ser bem aceitos, como as cervejas artesanais. Elas já chegaram e com força”, relata Meirelles.

 

Ainda não é possível mensurar o consumo dos produtos “gourmetizados” nas favelas, mas a tendência constatada pela pesquisa é de acentuação. O presidente do Data Popular ressalta que os negócios nas favelas movimentam cerca de R$ 68,8 bilhões ao ano e, se todas as favelas do Brasil compusessem um Estado, ele seria o 5º maior do País, portanto ainda há muito o que explorar. “Tem mais favelado no Brasil do que gaúcho”, brinca Meirelles. 

Fonte: Estadão PME

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