Setor de bares e restaurantes em Belo Horizonte (MG) projeta um 2016 mais promissor
Bares e restaurantes de Minas Gerais esperam resultado igual ou melhor ao do último ano
29/01/2016
Para Ricardo Rodrigues, presidente da Abrasel, faturamento em 2015 foi 7% superior a 2014
Depois de amargar queda média de 3% no faturamento real de 2015, na comparação com 2014, os bares e restaurante de Minas Gerais projetam, para 2016, um cenário um pouco mais adocicado. O objetivo para o novo ano é, pelo menos, empatar com o ano passado. A avaliação é do sócio proprietário do tradicional restaurante Maria das Tranças, Ricardo Rodrigues, que acaba de assumir a presidência da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel MG).
Em 2015, de acordo com Rodrigues, o faturamento nominal do segmento foi 7% superior ao apurado no ano anterior, alcançando a marca de R$ 4,5 bilhões. No entanto, ele afirma que a baforada do dragão foi responsável por corroer a receita no ano passado.A saída para quem quiser se destacar no mercado em 2016 é o corte de custos. E, neste caso, vale tudo. Desde renegociar o aluguel e redimensionar o quadro de pessoal para a demanda até se reunir para fazer compras. Como exemplo de dispensa de empregados ele cita o próprio restaurante, que possui duas unidades. Com a queda nos pedidos, foi necessário reduzir em 10% a quantidade de empregados, hoje formado por 80 pessoas.
Capital dos bares
Ele afirma, no entanto, que os bares foram menos atingidos do que os restaurantes. O motivo é o tíquete médio menor. Segundo o representante da entidade, os estabelecimentos cujo gasto por pessoa é inferior a R$ 30 registraram melhores indicadores.
Um exemplo são os espetinhos, que vendem fichas com preços praticamente únicos, o próprio cliente se serve, reduzindo a necessidade de pessoal, e os valores são baixos. “Devido ao desaquecimento econômico, as pessoas começaram a procurar lugares mais baratos para frequentar. E os bares, normalmente, são mais econômicos do que os restaurantes. Mas temos que lembrar que há bares mais caros também”, ressalta.
Se reinventar é outra dica para disputar o mercado, o mais acirrado do Brasil. Nesse caso, as promoções ganham ainda mais espaço. Dose dupla de chope, música ao vivo sem cobrar couvert e bebida liberada para mulheres em casas noturnas são algumas das ações citadas pelo presidente da Abrasel. Ainda de acordo com ele, em 2016, caso o cenário econômico não melhore, esse tipo de medida tende a se intensificar. “É uma ótima forma de atrair cliente”, ressalta.
Fonte: Abrasel