Robôs que ligam e avaliam restaurantes viram aposta do Google
Empresa trabalha para aperfeiçoar inteligência artificial: serviços que entendem os hábitos de clientes em restaurantes foram destaques na apresentação do novo software
15/05/2018
O telefone toca e, do outro lado, alguém educado quer reservar uma mesa em um restaurante. A desenvoltura engana, mas é um robô que acabou de dizer "Alô". A cena parece coisa de ficção científica, mas não é. O Google a apresentou como a mais nova função a ser integrada ao seu assistente pessoal. Só que essa é apenas uma das habilidades que os robôs da companhia estão ganhando para fazer a inteligência artificial pegar de vez.
O robô telefonista em questão é o Google Assistente, o serviço da empresa que funciona como um secretári particular.O recurso foi pensado para situações em que é preciso agendar um compromisso e a única opção é dar um telefonema.A novidade ainda não tem data para chegar ao Assistente, porque o Google não se decidiu se avisará quem estiver do outro lado da linha que é uma máquina falando.
Robôs em busca de restaurantes
Outro dos serviços repaginados para usar inteligência artificial a partir de informações pessoais é o Maps. Quando alguém buscar por restaurantes, ele passará a listar os que mais recebem visitantes -- o segredo por trás disso é a mesma usada para atestar que uma rua está congestionada. O carro-chefe do banho de inteligência artificial que o Maps recebeu, no entanto, é uma função destinada a indicar qual a probabilidade de um restaurante agradar um usuário.
"O robô não quer saber se é só um restaurante de comida baiana, mas se é um lugar de que o cliente vai gostar", diz Luiz Barroso, o brasileiro que é vice-presidente de Maps. Para chegar a isso, o Google vai, de um lado, levantar tudo o que sabe a respeito das preferências culinárias do usuário e, de outro, reunir tudo o que sabe sobre o restaurante em questão. Depois, vai cruzar os dois perfis e ver se batem. Com pouca informação dos usuários e muita informação do produto, a gente consegue fazer a mágica acontecer. Digamos que você visita cinco restaurantes com uma certa frequência e existe uma coisa que liga esses cinco restaurantes. Quando analisamos, começamos a entender que existe mais restaurantes parecidos."
Fonte: G1 e Abrasel