Pizzarias se adaptam à crise atraindo o consumidor online

Redes como Pizza Hut e Domino`s preparam lançamento de seus aplicativos de pedidos próprios, enquanto Didios e Patroni apostam na fidelização

01/12/2015

Pizzarias se adaptam à crise atraindo o consumidor online

Com a perspectiva de retração entre 17% e 25% este ano, de acordo com a Pizzarias Unidas, o mercado de pizzas busca atrair novos consumidores através de aplicativos e de modelos de fidelização, para assim angariar bons resultados e driblar a crise econômica.

 

Segundo empresários do setor ouvidos pelo DCI, a estratégia tem se mostrado correta, já que, além de obter crescimento em um ano complicado, as redes têm aumentado seu portfólio de negócios e consumidores.

 

A Pizza Hut, por exemplo, deve lançar no início do próximo ano o seu aplicativo próprio para pedidos. Hoje, 16% dos pedidos on-line na cidade de São Paulo são por pizzas, de acordo com um estudo do app PedidosJá.

 

"Nós temos parcerias com alguns aplicativos de pedidos, mas pretendemos lançar o nosso no início de 2016. Essa estratégia é parte do nosso plano de tornar o on-line o nosso maior canal de vendas", explica o diretor de expansão da Yum! Brands, grupo responsável pela Pizza Hut no Brasil, Agustin Dominguez Larrea.

 

Além disso, a marca tem investido na expansão de modelos de restaurantes menores, alguns, inclusive, com apenas o serviço delivery.

 

Só para 2016 o plano é abrir 40 novas unidades, a maior parte delas em modelos express - menores que as tradicionais - e delivery. "Nosso plano é chegar a 500 lojas até 2020", diz Larrea, lembrando que a companhia global não fornece informações sobre faturamento.

 

Este ano, a Pizza Hut inaugurou 30 lojas no Brasil - 7 delas apenas para entregas.

 

A concorrente Domino's Pizza aposta na mesma estratégia: expansão de unidades e aplicativo exclusivo da marca para o consumidor.

 

"Poucas marcas têm seus próprios aplicativos. Nós esperamos que nos ajude a fidelizar o cliente e a aumentar o número de pedidos", diz o gestor da marca no País, Edwin Jr. O aplicativo da rede já está disponível para download para usuários do sistema Android, do Google. O lançamento para iOS, da Apple, deve acontecer antes da virada do ano.

 

"Temos focado muito no segmento delivery, pois 55% do nosso faturamento é derivado desse modelo", afirma. Com isso, a Domino's espera crescer até 32% este ano em faturamento, ao alcançar uma receita de R$200 milhões.

 

Fidelização

 

Já as redes Patroni e Didios Pizza têm apostado na fidelização dos clientes para atravessar a crise econômica. Enquanto a segunda foca nos clientes via aplicativos mobile, a primeira elaborou um programa de fidelidade, em parceria com outras redes, que vai oferecer desconto s e fortalecer a empresa junto ao seu consumidor.

 

"As vendas por aplicativos são de clientes que geralmente fazem os pedidos pela primeira vez. É importante para que possamos fidelizá-lo depois", comenta o diretor da Didios Pizza, Elídio Biazini.

 

O plano ajudou a marca a crescer 31% em faturamento este ano. Em 2014 , a rede faturou R$31 milhões. A Didios possui 26 unidades abertas. Para o ano que vem, o plano é inaugurar oito lojas.

 

Já a Patroni, que conta com 204 lojas, prevê avançar 17% em 2015, número bem menor que os 50% anuais atingidos em períodos anteriores. "Devemos alcançar entre R$380 milhões e R$390 milhões. Na conjuntura atual, de consumo retraído, é um bom resultado", analisa Rubens Júnior, fundador e presidente da Patroni.

 

Para ele, o modelo de lojas menores (express) também foi responsável pelo resultado positivo na receita de 2015. "Apesar de o tíquete médio ser menor nessas unidades, elas favorecem o consumidor devido ao momento. Esse modelo veio atender também a uma gama maior de investidores, com capacidade de investimento menor, por causa da conjuntura", complementa.

 

Fonte: DCI 

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