Fundador da Cheff Solutions fala sobre mercado Food Service

Formado em Engenharia de Sistemas pela Universidad de Morón, na Argentina, o argentino Gabriel Germinara tem forte perfil empreendedor

01/02/2017

Fundador da Cheff Solutions fala sobre mercado Food Service

Formado em Engenharia de Sistemas pela Universidad de Morón, na Argentina, o argentino Gabriel Germinara tem forte perfil empreendedor, que o levou a se dedicar desde cedo a negócios próprios. Fundou, em 1998, quando veio morar no Brasil ao lado do amigo de infância Walter Huarriz, a Cheff Solutions, e desde então se dedica a desenvolver soluções inovadoras para atender cada vez melhor as demandas de estabelecimentos do food service. Por 16 anos, foi responsável pelo setor comercial da Cheff Solutions e hoje se mantém na direção da empresa, atuando como membro do conselho administrativo.

Especialista em soluções tecnológicas que auxiliam estabelecimentos do setor de food service e entretenimento a otimizar suas operações, a Cheff Solutions é detentora da patente que corresponde à criação do sistema de comandas eletrônicas no Brasil e implantou suas soluções em locais como o complexo gastronômico Eataly Brasil, os restaurantes Mocotó e Forneria San Paolo. O executivo com 20 anos de experiência no setor food service fala dos principais desafios e oportunidades que os restaurantes enfrentam no momento atual da economia e como o avanço tecnológico pode beneficiar na gestão dos negócios e na fidelização dos clientes.

Quando percebeu que certos estilos de sistemas poderiam ajudar os restaurantes?

Começamos, eu e mais dois argentinos, em 1996, a trazer as tendências e tecnologias do mercado local para o Brasil, que possuía um sistema obsoleto. Trouxemos inspiração de fora para desenvolver um conceito para atendimento sem fio, possibilitando fazer pedido na frente do cliente e enviar para a produção. Não existia muita tecnologia na época e fomos pioneiros na forma remota. Na verdade já tínhamos uma empresa de tecnologia na Argentina e um amigo nosso abriu um bar no Rio de Janeiro, o Rock Memoria Café. Para ajudá-lo nessa nova empreitada, desenvolvemos uma tecnologia baseada em uma viagem que fizemos em lojas de varejo que faziam o pedido através do wi-fi, não era no mercado gastronômico, mas adaptamos. Entramos com a patente em 2001 e ela saiu depois de 13 anos. 


Quais são as principais soluções trabalhadas pela Cheff Solutions neste ano?

Este ano está acontecendo a convergência de plataformas que vão virar uma revolução. Hoje temos um dispositivo móvel, com o qual o próprio garçom faz o pedido. Esta é hoje a principal ferramenta no Brasil. Nós acreditamos e estamos trabalhando na junção das tecnologias. Assim, os dispositivos irão incorporar toda a parte de pagamento.

 

“Os empresários veem este tipo de investimento como gasto, mas ele é retornável. O gestor vê o investimento na cozinha e na decoração, mas na tecnologia parece algo necessário, mas não indispensável para gerenciar o estabelecimento ao longo do tempo. Eles resistem a essa transformação na forma de entender e controlar o negócio”

 

Como a tecnologia pode auxiliar na gestão e, principalmente, na fidelização de clientes?

A crise econômica tem impactado e começamos a ver uma quantidade muito grande de fechamento de estabelecimentos, que não estavam preparados para enfrentar uma crise. A maioria dos estabelecimentos não tem premissa de controlar seus estoques e gerenciar a parte de compras. O dono compra e aplica uma margem, mas não controla a retaguarda. Foi uma transformação no mercado por necessidade, uma tecnologia que permite um controle melhor na compra, no estoque, custo da mercadoria, etc. O ponto de venda foi aprimorando todo serviço e atendimento ao cliente. O uso dessas ferramentas está começando, impulsionado pela crise. O sistema de gestão de finanças coloca as todas as informações na nuvem. 

Como a empresa busca oferecer experiências diferenciadas aos clientes?

O problema é que a cultura generalizada. Os empresários veem este tipo de investimento como gasto, mas ele é retornável. O gestor vê o investimento na cozinha e na decoração, mas na tecnologia parece algo necessário, mas não indispensável para gerenciar o estabelecimento ao longo do tempo. Eles resistem a essa transformação na forma de entender e controlar o negócio.

A empresa está baseada na convergência da tecnologia. Passamos um ano e meio desenvolvendo uma transformação do ponto de vista de como se vende uma solução. Antigamente, e até hoje, se vende serviço com mensalidade, para dar manutenção às plataformas. Vamos migrar para os meios de pagamentos, podendo oferecer na ponta uma solução atrelada ao percentual da taxa que o restaurante paga para a operadora. 

 

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