Sebrae orienta empreendedores a não cobrarem preços exagerados nas olimpíadas
Cartilha disponível no Portal Sebrae orienta como produtos e serviços devem ser precificados para garantir excelência no atendimento
21/07/2016
O Sebrae alerta contra a cobrança de preços abusivos durante as Olimpíadas e, por isso, orienta os empreendedores a cobrarem um preço justo dos turistas nacionais e estrangeiros que visitarem o Rio de Janeiro e as demais cidades onde haverá jogos do torneio. Em uma cartilha voltada para os empresários, a instituição dá dicas de atendimento aos turistas durante o evento esportivo e dedica um capítulo à precificação dos produtos e serviços oferecidos pelas micro e pequenas empresas brasileiras.
Os Jogos Olímpicos são uma oportunidade para os empresários, principalmente os de pequenos negócios, de aumentarem suas vendas de produtos e serviços diante do grande fluxo de turistas durante esse megaevento esportivo, observa a diretora-técnica do Sebrae, Heloisa Menezes, ao destacar também a maior concorrência nessa época. “Por isso, é importante praticar preços competitivos, que viabilizem um maior volume de vendas e deixe o cliente satisfeito a ponto de recomendar o produto ou serviço a outros consumidores”, assinala. Preços muito elevados podem afugentar o turista, por isso, o empreendedor deve listar os custos fixos e variáveis, além da margem de lucro, para conseguir precificar o produto e estimular o desejo do consumidor.
Além da precificação, a cartilha traz outras sete dicas de como alcançar a excelência no atendimento ao turista durante os Jogos Olímpicos. Rever a prestação de serviços pela ótica do turista, ter foco no cliente, estabelecer parcerias, ter um relacionamento interativo com o freguês, ter atuação diversificada no mercado, estar atento às tendências e entregar valor são dicas do Sebrae. “Empreender no turismo é trabalhar enquanto todos estão de férias e se divertindo, ou em horários em que normalmente as pessoas estão dormindo, em feriados, nos quais a maioria das pessoas descansa”, diz Heloisa Menezes.
“Restaurante fechado no horário de almoço, táxi que se recusa a levar os passageiros a determinados pontos da cidade, museu que fecha nos fins de semana, hotel que encerra o serviço de quarto às 22h: tudo isso ainda é realidade em muitos destinos turísticos brasileiros, mas que podem comprometer a excelência no atendimento”, pondera a diretora-técnica do Sebrae.
Dicas oportunas e indicadas:
- Os grandes eventos não são a última chance para faturar e sim oportunidades de atrair atenção do mundo para o Brasil. Por isso, saiba como precificar seu produto. Liste seus custos fixos e variáveis, assim como sua margem de lucro, e repasse ao consumidor o preço justo pelo produto/serviço que está sendo prestado.
- Em toda relação comercial, o cliente é o ator principal. Assim, atenda seu cliente como gostaria de ser atendido em suas viagens. Conheça seu cliente para oferecer aquilo que ele quer e ter a capacidade de despertar vontades.
- Estabeleça parcerias de tal modo que o turista não perceba que os serviços estão sendo prestados por empreendimentos diferentes. Esse é um importante indício de que a qualidade que você oferece está sendo replicada pelos demais.
- Com base no perfil do seu cliente, escolha em qual rede social seu empreendimento estará. Adultos usam mais o Facebook; já adolescentes preferem o Snapchat. No Instagram, abuse de imagens chamativas e faça promoções que favoreçam a interação com seus fãs.
- Entregue valor ao seu cliente, ou seja, surpreenda o cliente, ofereça algo a mais do que ele comprou. O que não significa, necessariamente, que a surpresa resida apenas em ações grandiosas. É possível surpreender com pequenas atitudes e mimos, típicos da hospitalidade.
- Equipamentos turísticos, apesar de serem originalmente pensados para os turistas, podem e devem atender a outros tipos de público, como moradores e trabalhadores temporários. Contudo, é imprescindível diferenciar as necessidades de cada um e o que será entregue de valor.
- A implantação de qualquer tendência tem que estar relacionada ao perfil do público-alvo dos estabelecimentos. Não seria efetivo, por exemplo, se tornar uma pousada supertecnológica, se o cliente quer se desconectar.
Fonte: PEGN