Restaurantes investem em almoços executivos para driblar a crise

Para se adaptar ao momento de redução de gastos, uma alternativa é oferecer opções mais simples para atingir um público maior e equilibrar a receita, já que o brasileiro continua comendo fora de casa, mas gastando menos

05/11/2015

Restaurantes investem em almoços executivos para driblar a crise Kaizen Japanese Food encontrou nos pratos executivos uma alternativa para aumentar o movimento no horário de almoço

Apesar de o brasileiro não ter deixado de realizar suas refeições fora de casa, um comportamento observado nos últimos meses foi a redução do ticket médio. De acordo com Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Restaurantes), estabelecimentos que disponibilizam pratos em torno de R$20 estão superando bem a crise.

 

Diante do cenário, restaurantes que possuem opções acima desse valor, como é o caso de restaurantes que trabalham com comida japonesa, que necessitam de uma matéria-prima cara, com ingredientes importados e cotados em dólar, encontraram alternativas para se adequar à realidade atual. Uma delas é a oferta de almoços executivos.

 

O Kaizen Japanese Food se adaptou e incluiu em seu cardápio opções mais simples que os pratos tradicionais. Os pratos executivos não são tão completos, mas oferecem a oportunidade de uma refeição a partir de R$23,90, trazendo a possibilidade de atender a um público maior, especialmente na hora do almoço, equilibrando a receita do estabelecimento para compensar a instabilidade provocada pela crise.

 

Com os pratos mais acessíveis, a partir de R$23,90, o empresário Eduardo Kiko Katecare conseguiu equilibrar o faturamento, pois, apesar da redução do ticket médio, o fluxo de pessoas aumentou

 

“Apesar do ticket médio ter sido reduzido, o fluxo de pessoas aumentou. Deste modo, mesmo tendo o lucro menor, é possível fidelizar mais clientes. A maioria do público que trabalha almoça fora e tem apenas uma hora, então buscam uma alimentação rápida e mais em conta. É muito importante nos adequarmos a isso”, conta Eduardo Kiko Katecare, proprietário do restaurante Kaizen Japanese Food, que fica em Campinas.

 

O empresário explica que a estratégia é focada no horário do almoço, já que no jantar não sentiu queda significativa no faturamento. Outra estratégia é a realização de rodízios e a renovação constante do cardápio a la carte, para que os clientes encontrem uma novidade a cada visita. “A comida japonesa está ligada à festividades e comemorações, o que as pessoas não deixam de fazer mesmo em crise. Entretanto, no almoço, a procura é maior por comidas que tenham preços acessíveis”.

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