Brasileiros buscam alimentos industrializados mais saudáveis

Preocupação com saúde faz população ler mais o rótulo dos produtos. Segundo pesquisa Kerry, 24% dos brasileiros leem sempre e 30% regularmente

11/02/2019

Brasileiros buscam alimentos industrializados mais saudáveis

Os consumidores brasileiros estão cada vez mais seletivos com os alimentos e têm buscado informações diversas nos rótulos das embalagens. Um estudo recente produzido na América Latina pela Kerry, líder mundial em Taste & Nutrition, sobre “Rótulo Limpo” revelou que os dados mais procurados pela população do País nas tabelas nutricionais são: sódio (75%), gorduras (75%), calorias (68%), açúcar (65%) e colesterol (41%). “Os brasileiros estão preocupados com a saúde e procuram alternativas saudáveis para a alimentação. Para atender a essa demanda por alimentos de alta qualidade nutricional, a Kerry desenvolve soluções saborosas, ricas em nutrientes e com baixa quantidade de calorias e gorduras saturadas”, diz Alejandra Rullan, Diretora de Nutrição para Latino América.

 

Tamanha procura por saudabilidade faz a população ficar mais atenta à composição dos produtos industriais, lendo atentamente os rótulos e buscando encontrar as informações em layouts simples e de fácil entendimento. A terminologia “Rótulo Limpo”, na indústria alimentícia, descreve esse desejo dos consumidores de conhecer melhor a composição dos alimentos (desde o cultivo dos ingredientes até o processo de fabricação dos mesmos). É uma verdadeira busca pelo natural, já que “Rótulo Limpo” representa um futuro com ingredientes mais saudáveis, nutritivos e sustentáveis.

 

A pesquisa da Kerry mostrou que a maioria dos brasileiros lê o rótulo dos produtos, sendo que 24% leem sempre e 30% regularmente. Mas a compreensão dos dados ainda não é plena: 80% dos brasileiros afirmam que entendem apenas alguns dos ingredientes presentes nos rótulos, 20% compreende todos e 1% nenhum deles. Na segmentação por gênero, 84% das entrevistadas entende algum ingrediente, 14% todos e 2% nenhum. Já os homens, 75% compreende alguns e 25% todos ingredientes dos rótulos.

 

Segundo a Organização Mundial de Saúde, 56% dos brasileiros estão acima do peso, 20% com colesterol alto, 21% com hipertensão e 9% com diabetes. Tal situação preocupa o governo que está buscando medidas para as pessoas terem uma dieta mais equilibrada. E isso acaba sendo refletido nos acordos que o Ministério da Saúde tem feito com a indústria para reduzir o sal e açúcar dos alimentos industrializados. Em 2017, houve a assinatura de um acordo com a indústria de alimentos e bebidas para que os fabricantes reduzissem o sódio de pães, bisnaguinhas e massas instantâneas. Além disso, o Ministério criou em novembro de 2018 uma medida com a redução de açúcar de até 33,8% nos refrigerantes, 32,4% nos bolos e 10,5% nos achocolatados. E tamanha mudança na regulamentação está de acordo com a nova linha do comportamento de consumo dos brasileiros.

 

Um reflexo disso foi mostrado na pesquisa Mintel, realizada em dezembro de 2018, sobre os hábitos da população. De acordo com a pesquisa, 65% dos entrevistados afirmaram já ter adotado (27%) ou estar no processo de adotar (38%) hábitos alimentares saudáveis e apenas 4% afirmou não seguir ou ter qualquer interesse. Isso mostra que apesar de ser importante para o brasileiro adotar uma dieta alimentar mais saudável, a maioria dos consumidores ainda está no processo de transformação.

 

A escolha dos alimentos é outro ponto sensível na vida dos brasileiros. A pesquisa da Kerry mostrou que os brasileiros já estão mais conscientes sobre a importância de uma alimentação equilibrada e têm buscado soluções além de alimentos frescos, frutas, verduras e legumes. Na hora da compra, fatores como saudabilidade, preferências e custo são decisivos. O estudo indicou que 80% dos consumidores compram os alimentos que gostam e já conhecem, 64% apreciam experimentar novos produtos e 59% adquirem os de menor custo.

 

“É interessante saber também que 60% dos latino-americanos entendem a saúde como motivador mais importante do que o próprio sabor. Oferecer soluções que tornem os alimentos mais saudáveis é o desafio da Kerry. Nossos produtos trazem benefícios que melhoram a qualidade dos alimentos e transformam a vida das pessoas, atendendo suas preferências e necessidades”, completa Alejandra.

 

A pesquisa mostrou ainda quais produtos os brasileiros entendem como de menor valor nutricional. Os campeões da lista foram: refrigerantes (13%), bolachas (8%), salgadinhos (5%), sucos industrializados (5%), embutidos (4%) e sopas instantâneas (4%). Outra questão que interfere diretamente no consumo de alimentos e bebidas no Brasil é a opinião dos chamados influenciadores. Segundo a pesquisa, 60% dos entrevistados consideram os especialistas como agentes decisivos. Entre os brasileiros acima de 65 anos, os nutricionistas e médicos influenciam 69% e 68% respectivamente no momento da compra. Além disso, a família é considerada grande influenciador, sendo seguida por amigos e portais de internet.

 

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