Garçom não poderá mais servir nada sem a autorização do cliente no Rio

Nova lei proíbe que garçom sirva pratos e bebidas que não foram pedidos. Produto colocado na mesa a contragosto do cliente não precisará ser pago

02/06/2014

Garçom não poderá mais servir nada sem a autorização do cliente no Rio

No Rio de Janeiro, uma nova lei proíbe que os garçons de bares e restaurantes coloquem na mesa dos clientes comidas e bebida sem serem chamados. Geralmente, isso é quase automático. O cliente chega e o garçom começa a servir.

“Linguiça, pão, carne e cerveja. Vários tipos de bebida estão sendo oferecidos na mesa. Realmente, é um pouco complicado nesse sentido porque, por vezes, a gente não pede e eles já estão trazendo”, aponta o consultor imobiliário Pedro Abecassis.

No estado do Rio de Janeiro, esse incômodo acabou. Incômodo? “Eu, como consumidora, não me sinto agredida pelos garçons oferecerem bebida e petiscos. Eu acho que é um comportamento bem carioca dos bares”, confessa a jornalista Janaína Cardoso.

Anova lei começou a valer na quinta-feira (29). O garçom não pode mais servir nada sem a autorização do cliente, como couvert, bebida e sobremesa.

Segundo a nova lei, o produto que o cliente receber na mesa sem ter pedido será considerado cortesia ou amostra grátis e o consumidor não será obrigado a pagar. Para ser atendido, só da maneira tradicional: gritando “garçom!”.

Em São Paulo, uma lei semelhante proíbe a cobrança pelo couvert se não for um pedido do cliente.

A nova lei não incomodou o sindicato que representa os bares e restaurantes do Rio. “Eu acho que esta lei é boa porque ela vem para dar mais transparência na relação entre o cliente e o restaurante”, afirma Fernando Blower, vice-presidente do Sindicato dos Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro.

A polêmica rendeu entre os consumidores. “Se tiver vontade, realmente você pede”, acredita a vendedora Tuane Matos. “Vai fazer a gente ficar agora toda hora chamando o garçom para ele vir até a mesa”, fala o arquiteto Diogo Malfi.

Agora, vai ser preciso ficar toda hora chamando o garçom para vir até a mesa. O garçom Antonio, acostumado a servir generosamente à clientela, terá que se adaptar. “O cliente chega e já sirvo a linguiça, tradicional, que é o nosso couvert da casa”, conta o garçom Antonio Paulo Araújo.

Fonte: http://g1.globo.com/

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