Empresária supera demissão e fatura alto com doces caseiros

Maria José de Lima Freitas, a Mazé Lima, virou referência na produção de doces caseiros artesanais

08/07/2015

Empresária supera demissão e fatura alto com doces caseiros doces caseiros

Aos 44 anos, Maria José de Lima Freitas, a Mazé, conseguiu transformar uma cidade de 15 mil habitantes em ponto turístico, graças aos seus doces. “O primeiro tacho surgiu em 1999, a partir da necessidade de prover a família”, diz.

 

Mazé perdeu o emprego de faxineira em um banco e, depois de mais de um ano buscando trabalho, resolveu vender doces caseiros. “Fiz um doce de amendoim e coloquei para vender. Ganhei R$ 20 e comecei meu negócio. Meu pai me falava que doce não dava dinheiro. Mas, eu tinha dívidas para pagar, dois filhos para sustentar e um sonho para realizar”, diz.

 

Antes de fazer doces, Mazé trabalhava na limpeza da agência bancária. “Quando perdi o emprego, eu procurei serviço de um salário mínimo. Não conseguia nada e fiz um juramento que eu faria o meu emprego e de muitos outros”.

 

Superação

 

Um cliente pediu a Mazé que fizesse doces de frutas cristalizadas. Mesmo sem ter ideia de como fazer, ela aceitou o desafio. “Eu fui desafiada por um cliente a fazer frutas cristalizadas. Eu não sabia o que era, nunca tinha comido e não sabia fazer, mas vi uma grande oportunidade de negócio. Fui aprender”, diz. Depois de passar quatro anos endividada, a empreendedora colocou as contas em dia e participou do programa de capacitação do Sebrae, o Empretec.

 

Depois de muitos altos e baixos, Mazé conseguiu oficializar a empresa em 2005, com a ajuda do marido e dos filhos, e construiu a primeira fábrica no ano seguinte. “Compramos um terreno para a fábrica e mantivemos todo o processo artesanal. Conseguimos grandes clientes. Eles foram surgindo e um puxando o outro. Nunca fizemos uma propaganda”, afirma.

 

Em 2007, Mazé investiu na primeira loja. “Virou ponto turístico de Carmópolis. Doce é um carinho. E deu super certo”, diz. A fama dos doces caseiros e das frutas cristalizadas foi além das fronteiras de Carmópolis de Minas, localizada a 110 quilômetros da capital Belo Horizonte, e a Mazé Doces está presente em quase 70 pontos de venda no Brasil, como o Eataly, em São Paulo.

 

Em 2012, Mazé estava com duas lojas e um negócio em crescimento, mas precisou rever sua estratégia. “Eu estava exaurida, desgastada. Fiquei entre as lojas, a fábrica e meus filhos, e perdi bastante o foco. Abrir a segunda loja foi o maior erro como gestora, mas também o melhor acerto”, diz. A empreendedora explica que para a abertura da segunda unidade resolveu revitalizar a marca. Mesmo com a loja fechada, a nova marca ficou como um ativo importante da empresa.

 

Hoje, produz mais de uma centena de toneladas ao ano na fábrica com 25 funcionários e fatura R$ 1 milhão. Entre frutas cristalizadas, como figo com nozes, e compotas, como a de jabuticaba, a Mazé Doces trabalha com mais de 200 produtos, sempre respeitando o melhor período do ano para cada item. “A fruta tem que estar em período de abundância”, diz.

 

Os planos agora são crescer, mas com cautela. “O maior desafio nosso agora é duplicar a nossa produção sem perder as origens. Tem que ter muita firmeza para saber o que quer da vida, o propósito do seu negócio. Queremos crescer com consistência, com aquilo que a gente acredita, que eleva e divulga o nome da nossa cidade”, afirma.

 

Fonte: PEGN

 

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