Empreendedor fatura R$ 2,4 milhões com doces gigantes

A Doce da Roça produz doces mineiros de até 100 quilos, além de outras receitas da região

19/07/2016

Empreendedor fatura R$ 2,4 milhões com doces gigantes

Pão de queijo quentinho, café coado na hora, fogão à lenha, bolos caseiros e um doce de abóbora de 100 quilos. O empreendedor Glaucio Peron, 42 anos, conseguiu reproduzir em sua loja, a Doce da Roça, em Poços de Caldas (MG), o ambiente de uma fazenda no interior, mas quase todos que passam na porta se surpreendem com os doces gigantes.

Nascido e criado na roça, em Minas Gerais, Peron se acostumou a vender na cidade os alimentos produzidos pela família, como queijo, manteiga e doce de frutas sazonais. Aos 20 anos, quando estudava administração, abriu seu primeiro negócio, a marca de biscoitos mineiros Pedaço de Minas. “Nessa época, eu foquei somente no negócio. Já estava perdendo as aulas da nova faculdade e viajava muito para vender nossos biscoitos em várias cidades no sul de Minas Gerais”, diz Peron.

Junto com a irmã Waleska Peron, 40 anos, Glaucio conseguiu levar a marca para várias cidades e participou de eventos no exterior. “Em 2004, fomos convidados para participar de uma feira de alimentos em Nova York, a Summer Fancy Food Show. Vi um queijo gigante, do tamanho da roda de um caminhão, e resolvi trazer a ideia para o Brasil”, diz o empreendedor.

A dupla estava insatisfeita com os resultados da primeira empresa e Peron resolveu arriscar nos doces gigantes. “Resolvi resgatar as receitas dos doces caseiros da minha falecida avó e adicionar um atrativo comercial a eles, que seria o tamanho”, conta o empresário, que projetou cada doce para pesar 100 quilos.

Vendidos a granel, os doces passam por um processo artesanal de produção. Cada “roda” demora seis dias para ficar pronta. “Convenci meus tios a me ajudarem com a fabricação e passamos por muitos testes até entender o melhor jeito de produzir um doce tão grande. A solução foi montar em camadas. Cada uma pesa 25 quilos e é feita em um dia. Repetimos isso durante quatro dias e deixamos o doce ‘suar’ (processo de desidratação) por mais dois dias, antes de colocá-lo à venda”, explica Peron.

Em 2008, a produção da Doce da Roça já tinha crescido e Peron decidiu levá-la a um sítio em Poços de Caldas, que comportasse a demanda necessária. “Meus tios ficaram na nossa antiga casa e eu contratei funcionários para cuidarem da produção”, diz.

Desde então, a venda para o mercado varejista é a principal fonte de lucro da empresa. “Vendemos muito para o estado de São Paulo, principalmente em estabelecimentos gourmet, que revendem a granel. Também consegui espaço nas unidades Graal. Mas senti que era necessário abrir uma loja física da Doce da Roça, para as pessoas terem mais contato com os doces e com a vida na roça”, conta Glaucio que, em 2011, abriu um showroom em Poços de Caldas, que retrata o ambiente de uma casa cabocla do campo.

Com o sucesso da loja, o empreendedor decidiu abrir a primeira franquia em São Paulo (SP), neste ano. “Com investimento inicial de R$ 250 mil, nossa meta é abrir 50 lojas no estado de São Paulo. Além disso, pretendemos faturar R$ 3 milhões em 2016”, conta o empreendedor, que começou com R$ 10 mil para a compra dos primeiros equipamentos e, hoje, fatura R$ 200 mil ao mês.

Fonte: PEGN 

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