Delivery cresce no semestre e atrai franquias

Levantamento mostra que no primeiro semestre desse ano as empresas desse setor faturaram 383,4 milhões de reais

29/08/2014

Delivery cresce no semestre e atrai franquias

O setor de delivery de franquias de fast food tem muito espaço para crescer. De acordo com o levantamento realizado pela Rizzo Franchise, 601 estabelecimentos adotam o delivery em suas operações e no primeiro semestre desse ano faturaram 383,4 milhões de reais, um crescimento de 9,3% em relação ao ano passado. Além disso, o delivery representa 4,3% do setor de fast food nas franquias.

 

Segundo Marcus Rizzo, autor da pesquisa e especialista em franchising, o crescimento é associado ao aumento da busca por comodidade dos consumidores. 

 

Ainda de acordo com o estudo, outros fatores que podem contribuir para o aumento do mercado são a comodidade de fugir do trânsito e ter mais segurança comendo em casa, além de grandes eventos esportivos transmitidos pela televisão. Muitas vezes, o consumidor conhece o produto no ponto de venda e passa a pedir entrega.

 

Rita Poli, diretora de franquias do Big X Picanha, afirma que hoje os pedidos de delivery têm uma representatividade no faturamento das franquias, mesmo as que não atuam exclusivamente neste formato. “O delivery representa 20% do faturamento de uma unidade”, conta.

 

O projeto da marca para aumentar o número de unidades exclusivas de delivery começou no final do ano passado e a implantação, nesse ano. A expectativa é de chegar a 60 lojas delivery até 2016. Hoje, a rede tem uma unidade piloto inaugurada recentemente em São Paulo e a previsão de inaugurar mais duas lojas.

 

O delivery passa a ser atraente também para os franqueados. No Big X Picanha, por exemplo, para abrir uma loja de rua ou no shopping, o investimento inicial é de 400 mil reais. Já uma unidade só de delivery custa em torno de 250 mil reais. “O espaço necessário é bem menor, o que é um fator interessante porque o custo do aluguel acaba com a rentabilidade”, explica Rita. Com 45 unidades, a rede tem uma expectativa de fechar o ano com faturamento de 50 milhões de reais.

 

Delivery de berço

 

Além das franquias que estão investindo na entrega como um formato alternativo e mais barato, o mercado viu várias marcas nascerem com este DNA. "Nascemos delivery, somos delivery e morreremos delivery", afirma Jorge Torres, diretor de franquias da China House.

 

A rede até tem algumas unidades com espaço para que os clientes possam consumir no local, mas até 90% das vendas vem do delivery. "Hoje, temos uma concorrência maior, não só no setor de alimentação, mas isso não significa que o mercado ficou restrito", afirma Torres.

 

O investimento inicial para abrir uma franquia da marca é de 130 mil reais e cada loja fatura, em média, 30 mil reais ao mês. A rede conta com 15 operações e deve faturar 11 milhões de reais nesse ano.

 

Nessa mesma linha, é o caso da Dídio Pizza, rede de franquias de pizzarias delivery. "Nunca tivemos a intenção de ser uma pizzaria salão", resume Elídio Biazini, diretor da rede. Ele afirma que ainda há muito espaço para quem deseja crescer com delivery e ter uma boa equipe de entrega é essencial para garantir que o produto chegue na casa do consumidor com qualidade.

 

Em 2013, a rede faturou 22 milhões de reais e, hoje, tem 24 unidades. A expectativa é de inaugurar outras nove franquias ainda neste ano. Em 10 anos, a marca pretende chegar a 320 unidades. Para abrir uma franquia é preciso desembolsar a partir de 320 mil reais e uma área de, no mínimo, 85 metros quadrados. (Fonte: Revista Exame)

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