iFood vai testar delivery com robôs autônomos
O aplicativo de entrega de comida também lançou uma parceria com o assistente virtual do Google para pedidos por comando de voz
04/11/2019
O iFood, maior empresa de comida por aplicativo da América Latina, quer usar robôs autônomos em sua logística de entrega nos próximos meses. O anúncio foi feito durante evento na sede da foodtech nesta terça-feira (29) em Osasco (SP). O projeto conta com a parceria da empresa Synkar, que deve desenvolver os primeiros robôs da operação prevista para iniciar em 2020. “A ideia é testar a capacidade e a autonomia dos robôs para realizarmos entregas reais para clientes reais até o final de janeiro”, afirmou Roberto Gandolfo, diretor de Logística do iFood.
Os testes devem acontecer em ambientes controlados, como shopping centers ou condomínios na cidade de São Paulo. A empresa também estudar oferecer o serviço em Campinas (SP). Composto por rodas e um compartimento para armazenar o pedido, o robô autônomo poderá ser usado para receber entregas em praças de alimentação e levá-las até o motorista, otimizando o tempo de entrega.
Pedidos por voz e inteligência artificial
Durante o evento, a empresa também anunciou a parceria com o Google para pedidos de delivery por comando de voz. Com a novidade, os clientes poderão fazer pedidos pelo aplicativo usando o Google Assistente, o assistente de voz da gigante de tecnologia. Neste mês, a empresa támbem lançou uma integração com os dispositivos da Amazon equipados com a assistente virtual Alexa. A integração com o Google Assistente deve estar disponível para mais 90% dos usuários com dispositivos Android nas próximas semanas, de acordo com o iFood.
Segundo Bruno Henriques, vice-presidente de Inteligência Artificial (IA) do iFood, foodtech também estuda o uso de machine learning. A plataforma vai usar algoritmos para entender os hábitos de consumo dos clientes no aplicativo e oferecer o serviço de maneira customizada. "Se o usuário for vegetariano ou tiver restrições alimentares, por exemplo, o aplicativo vai entender isso e mostrar opções de alimentos de acordo com a sua preferência", explica Henriques.
Em dois anos, de acordo com o executivo, a empresa espera usar a IA para expandir a operação para alimentar 50 milhões de clientes, três vezes ao dia. "Para isso, precisamos prever quando e o que os nossos clientes querem comer. Isso deve otimizar os pedidos e as entregas", afirma. Fonte: Época Negócios